Como o Gestor de Compras do Supermercado deve enxergar as oportunidades no Mix de Massas

No cenário competitivo do varejo alimentar, o gestor de compras do supermercado desempenha um papel estratégico na definição de um mix de produtos atrativo, rentável e alinhado ao perfil dos clientes. Entre as categorias que merecem atenção especial, destaca-se o setor de massas, que oferece uma ampla variedade de opções capazes de atender desde o consumidor mais tradicional até o mais exigente, seja por praticidade, por hábitos alimentares ou por restrições específicas.

Novidades em massas

Nas prateleiras dos supermercados, encontramos diversos tipos de massas, com variações em formato, composição e finalidade culinária. As mais comuns são as massas secas tradicionais, feitas com farinha de trigo (geralmente semolina de trigo durum) e água, como espaguete, penne, fusilli e farfalle. Há também as massas com ovos, que oferecem sabor mais rico e textura macia, como talharim, fettuccine e lasanhas. Em resposta à crescente demanda por alimentação saudável, ganham espaço as massas integrais, ricas em fibras, e as massas funcionais ou enriquecidas, que incluem ingredientes como chia, linhaça e proteína vegetal.

Outro grupo importante são as massas coloridas, feitas com ingredientes naturais como espinafre, beterraba, cúrcuma ou tomate, que agregam valor estético e nutricional. As massas frescas, vendidas refrigeradas ou congeladas, destacam-se pelo sabor e praticidade, especialmente entre consumidores que buscam refeições rápidas e com qualidade superior. As massas recheadas, como ravioli, capeletto e rondelli, também conquistam espaço como soluções completas para o almoço ou jantar.

Além dessas, o gestor pode apostar nas massas sem glúten, produzidas com farinhas alternativas como arroz, milho, grão-de-bico ou quinoa, ideais para celíacos ou intolerantes ao glúten. Já as massas instantâneas, como os populares "lámens", atendem ao público jovem e a consumidores em busca de conveniência. Por fim, há as massas especiais para dietas restritivas, veganas ou com baixo teor de carboidrato, cada vez mais presentes nas prateleiras.

Ao montar esse mix completo, o gestor de compras deve observar o comportamento do consumidor local e suas preferências. Isso inclui monitorar o giro de produtos, sazonalidades, datas comemorativas e tendências de mercado. Massas integrais e funcionais, por exemplo, ganham relevância entre clientes preocupados com bem-estar e alimentação saudável. Já as massas recheadas e frescas são ideais para ocasiões especiais ou refeições práticas, e as massas coloridas podem ser impulsionadas com sugestões de receitas criativas e kits promocionais com molhos, queijos e vinhos.

Exposição de mix na gôndola do supermercado

A organização da gôndola também influencia diretamente as vendas. Uma exposição estratégica, com sinalização clara e agrupamento por tipo e finalidade, facilita a jornada do cliente e estimula compras por impulso. A comunicação visual pode destacar promoções, lançamentos e até mesmo receitas preparadas com os produtos disponíveis.

Em resumo, enxergar o mix de massas como uma oportunidade vai além de simplesmente abastecer a prateleira. É pensar de forma estratégica, entendendo que cada tipo de massa atende a uma demanda específica e representa uma chance de fidelizar o cliente, aumentar o ticket médio e posicionar o supermercado como uma solução completa para a rotina alimentar. Ao oferecer variedade, praticidade e qualidade, o supermercado se torna referência para o consumidor moderno — e o gestor de compras, protagonista desse resultado.