Como o neuromarketing pode trazer o cliente de volta ao supermercado em meio à perda de confiança no poder de compra
- Fabiano Polese
- 23 de fev.
- 3 min de leitura
Por Felipe Naumann, Professor, Palestrante e Publicitário Especialista em Marketing Digital
A alta dos preços dos alimentos tem gerado um efeito dominó, impactando tanto os consumidores quanto os supermercados. De um lado, os clientes perdem poder de compra e se tornam mais seletivos. Do outro, os supermercados enfrentam uma forte concorrência com o atacarejo e uma guerra de preços que desafia a lucratividade.
O Pessimismo do Consumidor e a Desconfiança no Mercado
Uma pesquisa recente do PoderData, realizada entre os dias 25 e 27 de janeiro, revelou um dado alarmante: 51% dos entrevistados acreditam que os preços vão aumentar nas próximas semanas, enquanto 33% acham que permanecerão iguais e apenas 9% esperam uma redução. Além disso, 61% dos entrevistados perceberam aumento nos preços dos alimentos e nas contas em geral, reforçando o cenário de pessimismo econômico.
A pesquisa, que ouviu 2.500 pessoas em 219 municípios, também apontou que 50% a 52% dos consumidores estão pessimistas com as próximas compras nos supermercados. Esse sentimento é ainda mais forte entre as mulheres (52%), que costumam ser as principais responsáveis pelas compras da casa, e entre pessoas de 25 a 44 anos (54%).
Esse desânimo reflete uma perda de confiança no poder de compra e na capacidade das autoridades em controlar a inflação no curto prazo. Como resultado, os consumidores tendem a reduzir o consumo ou buscar alternativas mais baratas, o que pode prejudicar ainda mais os supermercados que não se adaptarem a essa nova realidade.

O Papel do Neuromarketing na Reconquista do Cliente
Diante desse cenário desafiador, o neuromarketing surge como uma ferramenta essencial para atrair o consumidor de volta ao supermercado. Estratégias que envolvem gatilhos emocionais, percepção de valor e experiência de compra podem fazer toda a diferença.
Como o Neuromarketing Pode Reverter Esse Cenário?
O Neuromarketing atua diretamente na forma como os consumidores percebem valor, ativando sensações prazerosas e aumentando o desejo de compra. Quando bem aplicado, ele estimula a dopamina — o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e recompensa — tornando a experiência de compra mais envolvente e menos dolorosa financeiramente.
Ajuste na Precificação Psicológica
Utilizar estratégias como preços terminados em "9" (exemplo: R$ 19,99 em vez de R$ 20,00) pode impactar a percepção de economia.
Criar pacotes promocionais que reforcem a ideia de "mais por menos" pode incentivar compras por volume.
Experiência Sensorial no Ponto de Venda
Ativações de Marca e Experiência Sensorial:
Criar ações dentro do supermercado que ativem os sentidos do consumidor. O olfato, por exemplo, é um grande aliado: o cheiro de pão fresco ou café moído pode gerar uma resposta emocional positiva e estimular a compra.
Música ambiente agradável e estrategicamente escolhida pode influenciar o tempo que o cliente permanece na loja e até aumentar o ticket médio.
A iluminação e a disposição dos produtos podem influenciar a decisão do cliente, destacando itens que geram mais lucratividade.
Campanhas Baseadas na Escassez e Urgência
Ofertas por tempo limitado ou descontos exclusivos para determinados horários ajudam a impulsionar o fluxo de clientes.
Programas de fidelidade que ofereçam benefícios imediatos aumentam o engajamento e a recorrência nas compras.

Uso Inteligente de Comunicação Visual e Digital
Sinalizações chamativas com mensagens persuasivas podem guiar o cliente para produtos estratégicos.
O uso de redes sociais para criar senso de comunidade e oferecer promoções exclusivas fortalece o vínculo com o consumidor.
Conclusão
A percepção de alta nos preços e a perda de confiança no poder de compra não são apenas desafios, mas também oportunidades para os supermercados que souberem inovar. Aplicando estratégias de neuromarketing, é possível criar um ambiente que reestabeleça a confiança do cliente, gere valor e estimule o consumo de forma inteligente. Afinal, mais do que preços baixos, o consumidor busca boas experiências e motivos para voltar ao supermercado.
Felipe Naumann no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/felipenaumann/
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