Neuromarketing no Supermercado: Como estimular compras com estratégias que ativam o cérebro do cliente
- Fabiano Polese
- há 16 horas
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Você já se perguntou por que, ao entrar no supermercado para comprar "só um item", acaba saindo com um carrinho cheio? Isso não acontece por acaso. O layout da loja, as cores, os sons, os aromas e até a localização dos produtos são cuidadosamente pensados para estimular os sentidos do consumidor e influenciar suas decisões. Esse conjunto de estratégias é o que chamamos de neuromarketing, e ele pode ser um grande aliado do supermercadista que deseja aumentar o ticket médio e melhorar a experiência de compra.
O neuromarketing estuda como o cérebro reage a estímulos no ponto de venda. A ideia é criar um ambiente que desperte emoções positivas, estimule a permanência na loja e incentive compras por impulso. E tudo começa pela entrada do supermercado, onde o impacto visual deve ser agradável e convidativo. Seções como hortifrúti, com cores vibrantes e produtos frescos, costumam ser posicionadas logo no início para causar boa impressão e ativar o apetite visual do consumidor.

A trilha sonora é outro elemento poderoso: músicas mais suaves e lentas induzem o cliente a andar mais devagar, explorando mais produtos e aumentando as chances de compra. Já os aromas — como pão quentinho na padaria ou café recém-passado — despertam o apetite e criam sensações de conforto, associando o supermercado a uma experiência agradável.
As cores também exercem forte influência emocional. Tons quentes como vermelho e amarelo, por exemplo, são usados para chamar atenção para promoções e transmitir urgência, enquanto tons verdes transmitem frescor e são ideais para alimentos saudáveis. A iluminação é igualmente importante: luzes claras e direcionadas valorizam os produtos e tornam a loja mais convidativa.
Outro ponto essencial é a posição dos produtos nas gôndolas. Os itens com maior margem de lucro ou novidades devem estar na altura dos olhos. Produtos para o público infantil, por exemplo, costumam ser posicionados mais abaixo, ao alcance das crianças. Já os produtos de necessidade básica, como arroz e açúcar, são colocados ao fundo da loja, obrigando o cliente a percorrer outros setores — e aumentando o tempo de exposição a diferentes itens.
Ao aplicar técnicas de neuromarketing, o supermercadista não está manipulando o consumidor, mas sim criando um ambiente mais intuitivo, confortável e estimulante, que facilita a decisão de compra e aumenta a satisfação com a experiência. Com planejamento e criatividade, é possível usar a ciência a favor do negócio — transformando cada visita ao supermercado em um momento de encantamento e boas vendas.