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E-commerce de supermercados bate recorde nos EUA - e o que isso significa para o Brasil

Por Fabiano Polese, diretor da Expo Supermercados


O mercado de e-commerce de supermercados nos Estados Unidos vive um momento histórico. Em julho de 2025, as vendas online de mercearia alcançaram US$ 10 bilhões, um crescimento de 26% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo aumento na penetração entre os lares: 61% das famílias americanas compraram mantimentos online no período — algo em torno de 81 milhões de lares.


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O delivery foi o destaque, com US$ 4,3 bilhões em vendas (+36% ano a ano), seguido de pickup (retirada na loja), com US$ 4 bilhões (+24%), e ship-to-home (envio para casa), que cresceu 10%, totalizando US$ 1,6 bilhão. A fatia do online sobre o total das compras de supermercado já representa 17,2% do mercado americano, e consumidores frequentes gastam, em média, 50% mais por pedido que novos clientes.


Um ponto-chave para esse crescimento é a eliminação de taxas de entrega por meio de programas de assinatura, como o Walmart+ e Amazon Fresh, que derrubam uma das principais barreiras do delivery: o custo extra. Com isso, o consumidor percebe mais valor no serviço e aumenta a frequência de compras online.


O contraponto com o Brasil

No Brasil, o e-commerce de supermercados ainda está em fase de amadurecimento. Embora redes como Pão de Açúcar, Carrefour e Assaí já invistam em aplicativos e plataformas próprias, e marketplaces como iFood e Rappi tenham ampliado a presença de supermercados, a penetração é muito menor que nos EUA — estimativas apontam que menos de 15% dos lares brasileiros fazem compras regulares de supermercado online.


Alguns fatores ajudam a explicar essa diferença:

Logística e custos: no Brasil, a entrega de perecíveis em larga escala ainda enfrenta desafios como tempo de transporte, infraestrutura de refrigeração e alto custo de frete.


Comportamento do consumidor: o hábito de visitar o supermercado presencialmente, muitas vezes como parte da rotina familiar, ainda é muito forte no Brasil.


Limitação geográfica: o e-commerce de supermercado concentra-se mais nas grandes capitais e regiões metropolitanas, enquanto no interior a oferta é escassa.


Programas de fidelidade e assinaturas: ainda pouco explorados no setor supermercadista brasileiro, e quando existem, não oferecem vantagens tão agressivas quanto nos EUA.


Por outro lado, o Brasil apresenta oportunidades de crescimento acelerado. O avanço de soluções logísticas, a integração de marketplaces e supermercados, e o uso de tecnologias como inteligência artificial para personalização de ofertas e sistemas de last mile mais eficientes podem encurtar essa distância.

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