Um estudo recente realizado pela multinacional de recursos humanos Randstad revelou que a Nestlé é a melhor marca empregadora do Brasil. O levantamento anual, realizado em janeiro deste ano e baseado em mais de 4 mil entrevistas com pessoas entre 18 e 64 anos, destacou a empresa como a preferida pelos profissionais.
Os resultados da pesquisa evidenciam um descompasso entre as expectativas dos funcionários em relação ao emprego e o que as empresas têm oferecido. Características como equilíbrio entre vida profissional e pessoal, progressão de carreira, salário e benefícios atrativos, que são consideradas essenciais no perfil do empregador ideal, ocupam apenas o 8º, 9º e 10º lugar, respectivamente, na realidade das empresas. Segundo Fabio Battaglia, CEO da Randstad Brasil, essa discrepância destaca a necessidade de personalizar as ações para cada colaborador, considerando suas necessidades e realidades individuais.
O levantamento também identificou os principais motivos que levam as pessoas a buscar novas oportunidades de emprego, como progressão na carreira, treinamento eficaz e salários e benefícios atrativos.
A agenda de diversidade e inclusão mostrou-se particularmente relevante para pessoas entre 25 e 34 anos, com 64% de aprovação, sendo mais valorizada por mulheres (59%) do que por homens (54%). Além disso, enquanto 30% dos entrevistados planejam mudar de emprego em 2023, essa tendência é mais forte entre os profissionais mais jovens, com 36% dos entrevistados entre 18 e 24 anos planejando uma mudança, em comparação com apenas 20% dos entrevistados entre 55 e 64 anos. Battaglia avalia que atender a todas essas demandas diversificadas nem sempre é fácil, mencionando o desafio enfrentado por muitas empresas no retorno ao trabalho presencial após a pandemia.
A possibilidade de crescimento na carreira permanece em primeiro lugar como o aspecto mais importante na escolha de um empregador pelo terceiro ano consecutivo. Além disso, assim como em 2022, salários e benefícios atrativos e um ambiente de trabalho agradável completam o top três. Uma novidade em relação à edição anterior do estudo é a crescente importância do equilíbrio entre vida profissional e pessoal, que agora ocupa o quinto lugar na lista de prioridades dos profissionais, indicando um tema em destaque.
O CEO da Randstad Brasil destaca que o maior desafio enfrentado pelo mercado atualmente é compreender as demandas impostas durante e após a pandemia e trabalhar aspectos como flexibilidade, pertencimento, estabilidade e crescimento, a fim de evitar problemas decorrentes da escassez de mão de obra qualificada. Ele ressalta também a importância dos profissionais buscarem um aprendizado contínuo para se manterem qualificados em um mercado altamente competitivo.
A pesquisa revelou que, em 2021, 33% dos entrevistados trabalhavam integralmente em regime remoto, um número que caiu para 16% em 2023. O trabalho híbrido também apresentou redução, de 29% para 23%, enquanto o trabalho presencial aumentou de 17% para 34%. Segundo o CEO da Randstad, as empresas têm adotado um modelo de operação oposto à preferência dos trabalhadores, resultando em queda no engajamento e na capacidade de atrair e reter talentos.
Fonte: Randstad Brasil
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