O crescimento do Grupo Nicolini e o fortalecimento do varejo regional no Rio Grande do Sul
- Fabiano Polese
- 23 de jul.
- 2 min de leitura
O especialista Wagner Donegatti, especialista no setor supermercadista nacional, destacou em recente postagem a movimentação estratégica que vem transformando o varejo gaúcho: a saída do Grupo Carrefour de parte de suas operações no Rio Grande do Sul e a incorporação de lojas da bandeira Nacional pelo Grupo Nicolini. Na visão de Donegatti, o Carrefour, ao descontinuar sua presença com a bandeira Nacional, acaba cumprindo um papel positivo ao abrir espaço para o fortalecimento das redes regionais.
O Grupo Osmar Nicolini, com 45 anos de atuação no mercado, irá incorporar 11 lojas da Rede Nacional localizadas em importantes cidades gaúchas como Alegrete, Bagé, Camaquã, Pelotas, Rosário do Sul e Santa Cruz do Sul. Com isso, a empresa, que atualmente conta com 17 lojas — sendo 13 supermercados de vizinhança e 4 atacarejos — e mais de 2 mil colaboradores, praticamente dobrará de tamanho e ampliará significativamente sua presença e competitividade no estado.

Essa transição reflete uma tendência crescente no setor: o recuo de grandes redes nacionais e a ascensão de marcas regionais que conhecem melhor o perfil do consumidor local, possuem maior agilidade nas decisões e desenvolvem vínculos mais próximos com as comunidades onde atuam. Para Wagner Donegatti, as lojas incorporadas pelo Grupo Nicolini não apenas continuarão operando, mas "vão crescer muito", impulsionadas por uma gestão com forte enraizamento regional e experiência acumulada ao longo de décadas.
A expansão do Grupo Nicolini demonstra a força do varejo de proximidade, a importância de redes com gestão familiar ou regionalizada e o valor da adaptação ao contexto local. Além disso, evidencia que o crescimento sustentável está ao alcance de quem investe com responsabilidade, conhece seu público e está disposto a aproveitar oportunidades estratégicas.
Diante disso, fica a reflexão: o fortalecimento dos supermercados regionais é apenas uma consequência do reposicionamento das grandes redes ou um novo ciclo do varejo nacional, mais próximo do cliente, mais eficiente e mais conectado com as comunidades? A história recente do varejo gaúcho, com cases como o do Grupo Nicolini, indica que o futuro pode, sim, estar nas mãos daqueles que conhecem o bairro, a cidade e a cultura local como ninguém.
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