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Os Custos Invisíveis no crescimento do Varejo Físico

Por Silvana Crespo, CEO Pipeline | Expansão | Engenharia | Arquiteto | Gerente de Projetos | Planejamento e Controle


Crescer nos negócios pode despertar aquela empolgação de quem alcançou o próximo patamar: novas lojas, mais espaços, equipes se multiplicando. No varejo físico, muitos enxergam a expansão como o próprio combustível da empresa, a chance real de conquistar mercados e criar conexões com novos públicos. Mas o caminho do crescimento normalmente guarda curvas menos visíveis do que mostram os cases de sucesso ou os anúncios para investidores.


Nem todo custo que surge em uma empresa aparece no DRE. Varejistas que apostam em expansão desenfreada costumam perceber isso tarde demais. São gastos que não cabem corretamente em uma planilha e, muitas vezes, sequer se encaixam em uma linha do orçamento antes de se tornarem um problema real.


Vamos examinar os principais custos invisíveis de uma expansão física pouco coordenada, especialmente quando o modelo de crescimento é baseado em contratações isoladas para cada ponto de venda.


Muito além do aluguel e do ponto comercial
construção supermercado

A abertura física de uma loja envolve grandes desembolsos logo no início: aluguel, reformas, adaptações, mobiliário, equipe. São cifras altas, tangíveis, e que fazem parte naturalmente do planejamento.


Mas o efeito multiplicador do crescimento não segue apenas a lógica da matemática financeira. Logo nas primeiras lojas, surgem demandas que a projeção inicial deixava de lado, como:

  • Falta de padronização em processos operacionais

  • Recrutamentos urgentes para cobrir faltas inesperadas

  • Treinamentos desconexos de loja para loja

  • Comunicação truncada entre equipes por cultura diferente em cada unidade


Esse é um custo invisível que se traduz em queda de performance e resultados abaixo do potencial.


O preço da falta de integração

Quem já atuou em redes de varejo físicas conhece a pressão diária por resultado. Prazos apertados para abrir operações, demandas sazonais e uma rotina que não perdoa atrasos.

Quando a expansão acontece sem uma base sólida de integração, surgem impactos que não aparecem na planilha oficial de custos da abertura. Veja exemplos comuns:

Problema

Impacto Financeiro

Rotatividade elevada

Gastos dobrados com seleção e admissão

Erros em folha de pagamento

Reclamações, multas e ações trabalhistas

Treinamentos fragmentados

Desperdício de recursos e baixo engajamento

Cultura desconexa

Dificuldade em reter talentos

Ausência de dados centralizados

Decisões menos eficazes e retrabalho

Esses fatores comprometem o sucesso das novas lojas e podem minar o ganho esperado com a expansão.


Rotatividade e a conta que não fecha

O entusiasmo de abrir novas lojas se dispersa rapidamente ao perceber que o time montado às pressas começa a se desfazer. No varejo, a rotatividade já é alta por natureza; uma contratação mal planejada agrava ainda mais a situação.

Basta o gerente contratar por urgência, cedendo à pressão de abrir a loja em tempo recorde, e multiplicam-se admissões desencontradas, erros na escolha de perfil e falta de treinamento sobre o propósito da empresa.


Cada novo processo de contratação e desligamento consome:

  • Tempo de RH local e central

  • Recursos com seleção e integração

  • Treinamentos que são desperdiçados


Além disso, o clima na equipe sofre: colegas entram e saem sem criar vínculos, a loja sente o impacto em vendas e atendimento. A aparente economia em uma seleção rápida esconde um prejuízo que se acumula na perda de performance.


A cultura que não viaja

Uma marca varejista só cresce de verdade quando sua essência chega inteira ao novo endereço. Isso significa que valores, rotinas de atendimento e padrões de operação precisam ser replicados com precisão em cada loja.


Quando as contratações são descentralizadas e mal acompanhadas, a cultura organizacional rapidamente perde força:

  • Cada equipe cria suas próprias regras e conflitos aparecem

  • Dificuldade em passar propósito e valores para novos funcionários

  • Inconsistência no atendimento ao cliente


Esses custos não aparecem como números claros no balanço, mas estão presentes em cada experiência do consumidor. Um cliente pode transitar de loja em loja percebendo diferenças gritantes no padrão, o que prejudica a confiança na marca e a fidelização.


Treinamento: investimento ou desperdício?

A entrada massiva de novos funcionários faz do treinamento um desafio. O problema se amplia quando ele acontece de maneira caótica, variando de loja para loja: multiplicam-se redundâncias, falta de aproveitamento real dos conteúdos e engajamento superficial da equipe.


Treinamentos improvisados, muitas vezes conduzidos por quem acabou de chegar, geram:

  • Desperdício de materiais e tempo

  • Dificuldade em disseminar conhecimento estratégico

  • Processos operacionais inconsistentes


Esses efeitos acabam repercutindo em multas, reclamações de clientes e até mesmo em problemas fiscais. O conhecimento deixa de ser um ativo estruturado e passa a depender da boa vontade (ou improviso) daquele gerente que entrou na última semana.


Comunicação que não transforma

Uma estrutura de varejo pulverizada, sem canais padronizados de comunicação, cria ilhas. Cada unidade opera dentro de suas urgências, sem compartilhar aprendizados e boas práticas.


O fluxo de informações se torna pouco confiável. Basta que um comunicado importante sobre segurança ou uma atualização de tabela de preços não chegue corretamente e surgem retrabalhos evitáveis, inconsistências em divulgação de promoções e até riscos à integridade do time.


Esse ruído custa caro. Muitas vezes o problema só é percebido quando uma auditoria revela dados conflitantes ou quando a matriz recebe uma reclamação grave que poderia ter sido evitada por simples alinhamento.


Os pequenos desperdícios que crescem juntos

No varejo físico, a multiplicidade de lojas sem processos integrados faz nascer todo dia um novo microteste de criatividade. Cada gerente encontra um fornecedor local diferente, cada equipe define seus próprios esquemas de escala.


Esses pequenos desvios custam:

  • Compras em excesso ou em falta

  • Diferenças nos preços pagos por insumos básicos

  • Falta de controle e registro


No final do trimestre, a soma de todos esses pequenos desperdícios pesa mais do que qualquer economia feita ao acelerar o recrutamento de uma loja em Manaus ou de um quiosque em Porto Alegre.


Impacto no cliente final

A taxa de retorno sobre cada loja aberta deve ser olhada com cuidado. Nem sempre mais unidades significam aumento proporcional nas vendas totais da rede.


sentem quando há falta de padrão. Eles percebem ruídos, demora na solução de problemas, inconsistências em ofertas. A jornada de compra perde valor quando um consumidor não confia que receberá o mesmo tratamento ou encontrará o mesmo produto em diferentes lojas da mesma empresa.


Esse é o maior custo invisível de todos: a erosão da imagem da marca, diluída por uma expansão que não cuidou de forma coordenada do mais importante, o relacionamento com clientes.


Diagnóstico correto

A beleza do varejo físico está na interação direta, na possibilidade de criar relações memoráveis entre loja, time e comunidade. Crescer sem perder o detalhe dessa conexão é o verdadeiro desafio.


O gestor que observa apenas os custos explícitos, como aluguel, equipe inicial e divulgação local, pode estar deixando escapar o principal: tudo aquilo que acontece nos bastidores, nos corredores, nas conversas não documentadas e nos pequenos desvios de padrão.


Empreender a expansão do varejo físico é, sobretudo, olhar atentamente para esses pontos cegos. Eles não ocupam espaço no orçamento inicial, mas podem ocupar muito tempo e energia no futuro do negócio.


Ter um diagnóstico correto, fazer perguntas, checar padrões, aproximar cultura e decidir com atenção se revela como investimento silencioso – daquele tipo raro que paga dividendos por muitos anos após o crescimento.


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Silvana Crespo
SILVANA CRESPO

Com 21 anos de experiência em coordenação de projetos de arquitetura e obras, Silvana Crespo já atuou em diversos projetos de expansão de lojas físicas em diferentes segmentos, como setores bancário, telecomunicações e varejo alimentar.


Entre as empresas que atuou na expansão estão a Hortifruti, Planep Engenharia, responsável por obras civis da Caixa Econômica Federal, e TIM.


Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdades Integradas Geraldo di Biasi com MBA em Liderança, Inovação e Gestão na PUCRS, Silvana busca em sua atuação a incorporação da tecnologia e ferramentas específicas para aprimorar a execução dos seus projetos. Entre suas principais preocupações, está a transformação de desafios estratégicos em oportunidades de crescimento sustentável, otimização de processos e a gestão eficiente de Capex.


Conecte-se com Silvana Crespo no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/silvana-crespo/


Site da Pipeline - A Expansão da sua Marca com Planejamento e Controle: https://pipelineprojetos.com.br/

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