5 mitos que ainda atrapalham a prevenção de perdas no supermercado
- Fabiano Polese
- 10 de jun.
- 3 min de leitura
Por Fabio Muniz, Especialista em Prevenção de Perdas para o Varejo | Fundador da BaseDoze Consultoria Estratégica |+23 anos de experiência em Supermercados e Atacarejos
Reduzir perdas é cuidar da saúde financeira da loja. Cada produto perdido é dinheiro indo embora. Mas mesmo com tanta informação, ainda tem muito mito atrapalhando o trabalho de quem quer fazer diferente no dia a dia.
Separei os cinco mitos que mais escuto nas conversas com supermercadistas e que ainda impedem muitos negócios de avançar. Será que algum deles ainda existe por aí?
Prevenir perdas no varejo é muito mais do que evitar furtos. É uma estratégia essencial para garantir a rentabilidade do negócio, a sustentabilidade da operação e a confiança do consumidor. Mesmo assim, ainda existem muitos mitos que impedem supermercados, atacarejos e lojas de vizinhança de evoluírem nesse tema.
Ao longo da minha jornada com o varejo alimentar, escutei muitas dessas crenças sendo repetidas como verdades absolutas. Por isso, quero compartilhar aqui cinco mitos que mais vejo no dia a dia e que precisam ser superados para que o setor avance.

1. “Prevenção de perdas é coisa da segurança”
Esse talvez seja o maior mito. Reduzir perdas não é responsabilidade exclusiva do segurança ou do time de prevenção. Ela começa no recebimento, passa pela exposição dos produtos, pelo atendimento no caixa e vai até o pós-venda.
Cada colaborador tem um papel nesse processo. Quando a equipe entende isso e é treinada para agir com atenção, responsabilidade e cuidado, as perdas caem naturalmente. Prevenção de perdas é cultura, não uma tarefa isolada.
2. “Só furto dá prejuízo”
Perda não é só aquilo que é roubado. É também o que vence na gôndola, o que quebra no transporte, o que é etiquetado com o preço errado, o que fica encalhado por má exposição ou o que é perdido por um mau atendimento.
Essas perdas muitas vezes são silenciosas, mas podem representar um valor ainda maior que os furtos. Um produto vencido, por exemplo, afeta o estoque, gera descarte e pode até comprometer a reputação do negócio.
3. “Fazer inventário uma vez por ano já resolve”
Esperar o fim do ano para descobrir quanto a loja perdeu é como dirigir um caminhão sem freio e só olhar o prejuízo depois do acidente. O ideal é fazer inventários cíclicos, por setor, com frequência definida. Isso permite identificar erros em tempo real, corrigir falhas e prevenir novas perdas.
Um inventário bem feito, com rotina, método e análise dos resultados, transforma a gestão do estoque e melhora a tomada de decisão.
4. “Tecnologia é coisa para rede grande”
A tecnologia deixou de ser um luxo. Hoje, existem soluções acessíveis, intuitivas e que cabem no bolso das pequenas e médias operações. Um bom exemplo é o app Gestão de Validades, que ajuda no controle dos produtos com vencimento próximo.
Com ele, o time acompanha os prazos, organiza a reposição e evita que o produto estrague na prateleira. Isso se traduz em menos perdas e mais resultado no fim do mês.
Não é sobre ter o sistema mais caro, mas sim aquele que resolve o problema da sua loja.
5. “Investir em prevenção é jogar dinheiro fora”
Muita gente ainda vê a prevenção de perdas como um custo e não como um investimento. Mas a conta é simples: cada produto perdido é dinheiro indo embora. Reduzir perdas significa aumentar o lucro sem precisar vender mais.
Prevenir é proteger o que já foi comprado, recebido, armazenado e colocado à venda. É cuidar do fluxo de caixa, da margem e da saúde financeira do negócio.
Se você ainda escuta essas frases por aí, talvez seja hora de rever a forma como a sua loja enxerga a prevenção de perdas. Não se trata apenas de evitar prejuízo, mas de construir um varejo mais eficiente, rentável e preparado para crescer com sustentabilidade.
A mudança começa com informação e atitude.
Quer conversar mais sobre esse tema? Estou por aqui!
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