A importância de dominar as nomenclaturas e nomes de carnes no açougue
- Fabiano Polese
- há 12 horas
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Por Maximiliano Souza de Castro – Mestre Açougueiro (Max Castro Butcher)
O sucesso de um açougueiro não se constrói apenas com a prática do corte ou com a experiência adquirida ao longo dos anos. Ele está diretamente ligado ao conhecimento técnico, principalmente ao domínio das nomenclaturas e nomes das carnes. Essa habilidade, muitas vezes subestimada, é fundamental tanto para a valorização do profissional quanto para a satisfação plena dos clientes.

Em primeiro lugar, conhecer os nomes corretos dos cortes garante uma comunicação clara e objetiva com o consumidor. No dia a dia, os clientes chegam ao balcão com pedidos específicos, como picanha, maminha ou alcatra, e esperam receber exatamente o produto solicitado. Quando o açougueiro domina as nomenclaturas, evita enganos, constrangimentos e frustrações, transmitindo segurança e precisão em cada atendimento.

Além disso, esse conhecimento agrega profissionalismo e credibilidade. Um açougueiro que sabe explicar a origem da peça, suas características e até mesmo as formas mais indicadas de preparo se torna mais que um vendedor: transforma-se em um consultor gastronômico. Essa postura fortalece a confiança do cliente, que percebe que está diante de um verdadeiro especialista, alguém que entende e valoriza o produto que oferece.
Outro ponto essencial é a valorização do produto. Saber diferenciar a suculência da costela, a maciez do filé-mignon ou a versatilidade da fraldinha permite ao açougueiro sugerir opções ideais para cada ocasião, seja um churrasco de domingo, um assado de família ou uma refeição do dia a dia. Ao apresentar essas informações de forma acessível, o profissional eleva a percepção de valor da carne e, consequentemente, melhora o resultado de vendas do açougue ou supermercado.
O domínio das nomenclaturas também proporciona otimização do trabalho interno. Durante o processo de desossa e porcionamento, identificar corretamente cada corte agiliza o serviço e garante o máximo aproveitamento da peça, reduzindo desperdícios e aumentando a rentabilidade do negócio. Mais que uma técnica, é uma estratégia de eficiência.
Por fim, há ainda um aspecto muitas vezes esquecido: a segurança e a higiene. Conhecer a anatomia do animal e as divisões corretas de cada corte não só garante padronização e qualidade, mas também ajuda o açougueiro a executar o trabalho de forma mais segura, evitando acidentes, e em conformidade com as normas sanitárias vigentes.
Em resumo, dominar as nomenclaturas e os nomes das carnes é uma competência que vai além do balcão. É uma ferramenta de valorização profissional, de construção de confiança com o cliente, de aumento da rentabilidade do negócio e de garantia de qualidade no produto final. Para o açougueiro que busca destaque, respeitabilidade e sucesso, essa habilidade é indispensável.