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Atendimento no balcão do Açougue: Um diferencial que pode fazer o cliente voltar… ou nunca mais aparecer

Por Clóvis Polese, fundador da Expo Supermercados, feira de negócios para supermercados de bairro, vizinhança e proximidade.


O atendimento no balcão do açougue é um ponto sensível em qualquer supermercado, independentemente do porte. Como consumidor frequente, observo que ainda existem comportamentos e práticas que precisam mudar — principalmente em um cenário de concorrência acirrada, onde outros estabelecimentos oferecem não apenas bons produtos, mas também um atendimento de excelência.


As principais queixas dos clientes

Entre as reclamações mais recorrentes, uma das primeiras que se percebe é a falta de cordialidade dos atendentes. Muitas vezes, o cliente é recebido com má vontade, semblante fechado e nenhuma motivação para atender. Cumprimentar, sorrir e demonstrar atenção não custa nada — e faz toda a diferença na experiência de compra.

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Outro ponto crítico são as filas de espera excessivas. Em um mundo onde as pessoas estão cada vez mais sobrecarregadas de compromissos, esperar longos minutos para ser atendido é desestimulante. Pesquisas recentes indicam que cerca de 18% dos clientes desistem da compra ao se deparar com uma fila, seja no açougue, padaria ou rotisseria. É venda perdida.


Há também a questão da higiene. Balcões sujos, mau cheiro e até presença de moscas são sinais inaceitáveis. Além disso, a apresentação pessoal do atendente conta muito: barba por fazer, uniformes sujos ou até a ausência de uniforme transmitem descuido e afetam a imagem do setor.


Um caso real para refletir

Para ilustrar, compartilho a história do Cláudio, amigo de longa data, 80 anos, cliente assíduo de um supermercado próximo à sua casa. No último Dia dos Pais, ele e a esposa decidiram comemorar comprando uma peça inteira de filé mignon. Ao chegar ao açougue, enfrentou fila. Ao ser atendido, perguntou pelo filé mignon, que não estava exposto. O chefe do açougue informou que iria buscar e limpar a peça na câmara fria.


Depois de 10 a 15 minutos, o produto foi embalado e pesado: 2,160 kg, totalizando R$ 172,80. Cláudio pagou no caixa e foi para casa. Porém, ao abrir a embalagem, sua esposa notou que a peça estava com o cordão — uma parte mais dura, com excesso de gordura, que tradicionalmente não é vendida como parte do filé mignon.


Indignado, Cláudio retornou ao supermercado. O gerente o atendeu cordialmente e pediu que conversasse com o açougueiro. Ao ouvir a reclamação, o funcionário respondeu: "Aqui, o filé mignon é vendido com cordão". Cláudio optou por não levar, devolveu a peça e recebeu um vale-compras no valor pago. Na sequência, foi a outro supermercado e comprou filé mignon sem cordão por R$ 69,90 o quilo.


O que aprendemos com isso?

Esse caso evidencia a importância de ter açougueiros bem treinados, atentos às boas práticas e respeitosos com todos os clientes, independentemente de idade ou perfil. A percepção de que o consumidor “não vai reclamar” pode custar caro. No caso do Cláudio, o supermercado perdeu não apenas uma venda, mas um cliente fiel.


No varejo, cada atendimento é uma oportunidade de conquistar — ou perder — um consumidor. Erros como este não deveriam acontecer, e sim servir de alerta para que supermercados invistam em treinamento, supervisão e padronização de processos.

E você, supermercadista?


Sua equipe de açougue conhece e aplica os padrões corretos de preparo e corte?


O atendimento no balcão transmite cuidado, respeito e profissionalismo?


Há protocolos claros para higiene, apresentação e abordagem do cliente?



Vale a reflexão: um bom atendimento pode ser o maior diferencial competitivo do seu supermercado.



 
 
 

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