
O aumento da demanda por alimentos impulsionou o Brasil a atingir um recorde nas exportações em 2023, sendo a China responsável por mais de um terço desse saldo positivo. Ao longo das últimas décadas, o mercado chinês assumiu um papel estratégico para o agronegócio brasileiro, passando de uma participação de apenas 2,73% das exportações do setor em 2000 para 36,1% no ano passado, marcando o percentual mais alto na série histórica do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A China tornou-se, desde 2013, o principal destino das exportações do setor, impulsionando o ganho de relevância do Brasil no cenário externo.
O crescimento nas exportações não se limitou apenas a produtos agrícolas in natura, mas também incluiu miúdos e carne bovina industrializada, registrando um aumento de aproximadamente 5,7% entre 2022 e 2023. Apesar das preocupações com uma possível quebra na safra de milho, as perspectivas para as exportações de carnes são otimistas, de acordo com especialistas. Além disso, novas oportunidades emergem, como o aumento expressivo nas exportações de café para a China, que aumentaram mais de 200% no ano passado. O contexto de aumento da demanda chinesa por alimentos, combinado com a boa relação diplomática estabelecida e a capacidade de produção do agronegócio brasileiro, alimenta expectativas positivas para o desempenho futuro das exportações.
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