A produção de café no Brasil alcançou um recorde histórico de 55,1 milhões de sacas beneficiadas, representando um aumento de 8,2% em relação à safra anterior. O crescimento é impulsionado pela recuperação da produtividade, que aumentou 6,3%, atingindo uma média de 29,4 sacas por hectare. Apesar do ano de bienalidade negativa, o volume colhido é o terceiro maior da série histórica, graças à recuperação das lavouras de café arábica, responsáveis por 70,7% da produção total.
Minas Gerais, principal produtor, terá um aumento significativo de 32,1% na colheita, atingindo cerca de 29 milhões de sacas. Outros estados destacados são São Paulo, com um aumento de 14,7%, o Paraná, que registrou um aumento de 51,5% na produtividade, e a Bahia, com uma queda de 12,8%. Quanto ao café conilon, espera-se uma redução de 11,2%, principalmente devido a condições climáticas desfavoráveis no Espírito Santo.
Apesar da queda nas exportações de café nos primeiros meses do ano, devido à restrição de estoques, o aumento na produção atual impulsionou a oferta interna e as vendas internacionais. As exportações brasileiras de café, de janeiro a novembro, totalizaram 34,9 milhões de sacas, uma redução de 4,1% em relação ao ano anterior. No entanto, os preços internacionais permanecem atrativos devido à restrição de estoques na safra atual e ao aumento do consumo global, projetado em 170,2 milhões de sacas, um novo recorde com um aumento de 1,2% em relação ao ciclo anterior.
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