Explorando novos Leites: O crescimento dos leites alternativos nas gôndolas dos supermercados brasileiros
- Fabiano Polese
- 7 de jun.
- 2 min de leitura
Como aproveitar essa tendência e conquistar novos consumidores no supermercado
Os hábitos de consumo estão mudando, e os supermercados que acompanham essas transformações ganham vantagem competitiva. Uma das categorias que mais cresceu nos últimos anos é a dos leites não derivados da vaca, especialmente os de origem vegetal, como aveia, coco, amêndoa, castanha, soja e arroz. Também ganham espaço o leite de cabra e outras versões especiais, voltadas a quem busca saúde, sustentabilidade ou tem restrições alimentares. Para os supermercadistas, essa é uma excelente oportunidade de negócio.

A demanda por leites vegetais e alternativos está diretamente ligada a novos perfis de consumidores: veganos, intolerantes à lactose, pessoas com alergia à proteína do leite, adeptos de uma alimentação saudável ou preocupados com o meio ambiente. Isso amplia significativamente o público-alvo e permite que o supermercado se torne referência para um nicho de alto valor agregado. Consumidores desse segmento costumam ser mais fiéis, informados e dispostos a pagar por produtos diferenciados e de qualidade.
Na imagem apresentada, vemos uma gôndola moderna e bem estruturada com diversas marcas que representam esse movimento. Entre os destaques está a NotMilk, da NotCo, que utiliza inteligência artificial para replicar o sabor do leite tradicional com base vegetal. Há também marcas como Positiv.a, com leite de coco sustentável; A Tal da Castanha, que oferece opções 100% naturais e sem conservantes; Naveia, com forte apelo jovem e ecológico; e a internacional Alpro, que entrega variedade e qualidade em leites de amêndoas, aveia e soja. Marcas nacionais como Vida Veg e Leite de Cabra Betânia também estão presentes, mostrando como o mix pode ser amplo e bem posicionado.
A organização da gôndola é outro fator estratégico. A boa exposição dos produtos, com divisão por tipo (coco, aveia, amêndoa), sabor e marca, facilita a decisão de compra. Além disso, utilizar etiquetas com informações claras sobre os benefícios nutricionais, promover degustações e realizar ações educativas com dicas de receitas ou comparativos com leites tradicionais pode aumentar ainda mais a conversão.
Vale lembrar que esse tipo de produto costuma ter ticket médio mais elevado, o que contribui para o aumento da rentabilidade por metro linear. Além disso, amplia o público que o supermercado atende — incluindo clientes que antes precisavam buscar esses produtos em lojas especializadas.
Oferecer leites não de vaca não é apenas seguir uma tendência; é uma decisão estratégica para diversificar o mix, atender novas demandas de mercado e posicionar o supermercado como uma marca moderna, inclusiva e preparada para o futuro do consumo. Quem sai na frente, conquista.
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