Guia Prático: Como implantar um programa de Jovem Aprendiz no supermercado
- Fabiano Polese
- há 1 dia
- 3 min de leitura
Este guia prático sobre a implantação do programa Jovem Aprendiz no supermercado foi elaborado com o objetivo de orientar gestores e equipes de forma clara, objetiva e acessível. No entanto, é importante destacar que cada supermercado possui uma realidade específica — tanto em estrutura quanto em número de funcionários, cultura interna e perfil da comunidade. Por isso, este material deve ser analisado com atenção e adaptado conforme as necessidades da sua empresa.
Trata-se de um pequeno guia introdutório, que oferece os passos essenciais para quem deseja iniciar ou melhorar a inclusão de jovens no time. Não substitui uma consultoria jurídica ou trabalhista, nem dispensa o acompanhamento de uma entidade formadora autorizada. Ele serve como ponto de partida para despertar o olhar estratégico sobre o papel do supermercado na formação de novos profissionais.
É fundamental que a gestão revise e atualize periodicamente os processos internos relacionados à contratação de jovens aprendizes, garantindo que estejam em conformidade com a legislação vigente, com as normas de segurança do trabalho e com os valores da empresa. O que funciona em uma loja pode não funcionar em outra — e por isso o planejamento deve ser cuidadoso e personalizado.

Ao abrir espaço para jovens no seu supermercado, você está investindo no futuro — do seu negócio e da sua comunidade. Esperamos que este guia seja útil nesse processo e que inspire ações transformadoras. Afinal, formar novos talentos é mais do que cumprir uma obrigação legal — é deixar um legado.
A seguir, apresentamos um guia prático para implantação de programas de Jovem Aprendiz no supermercado, ideal para ser usado por gestores e equipes de RH que desejam começar ou melhorar esse processo.
1. Entenda o que diz a Lei da Aprendizagem
A Lei nº 10.097/2000 obriga empresas de médio e grande porte a contratarem jovens aprendizes.
A faixa etária permitida é entre 14 e 24 anos.
O jovem deve estar matriculado e frequentando a escola, caso não tenha concluído o ensino médio.
A contratação é feita por prazo determinado e deve incluir formação teórica (curso técnico ou profissionalizante) e prática (na empresa).
2. Defina os setores e atividades adequadas
Avalie as áreas da loja que permitem a atuação de jovens com supervisão e sem riscos.
Exemplos comuns de atividades:
Auxiliar de reposição;
Apoio na padaria, açougue ou hortifrúti (sem manuseio de máquinas);
Suporte no atendimento ao cliente;
Auxiliar administrativo;
Apoio no caixa (sem operação direta).
Evite expor o jovem a tarefas perigosas, esforço físico excessivo ou manuseio de ferramentas cortantes.
3. Busque uma entidade formadora parceira
O curso teórico obrigatório é oferecido por instituições reconhecidas como:
SENAC, CIEE, Instituto PROA, Fundação Projeto Pescar, entre outras.
A entidade ajuda no processo de recrutamento, encaminha os jovens e acompanha o desenvolvimento do contrato.
4. Prepare a equipe e o ambiente
Treine supervisores e líderes sobre o propósito do programa.
Crie um plano de integração e acolhimento para o jovem aprendiz.
Dê feedbacks constantes e ofereça oportunidades de aprendizado real, com escuta e paciência.
5. Valorize e compartilhe o projeto
Divulgue nas redes sociais da loja que você apoia o primeiro emprego de jovens.
Compartilhe histórias inspiradoras dos aprendizes na equipe.
Mostre à comunidade que o supermercado investe no futuro e gera oportunidades reais.
Frase institucional para redes sociais:
“Aqui no nosso supermercado, a gente acredita em oportunidade. Por isso, somos parceiros do programa Jovem Aprendiz — porque mais do que formar profissionais, queremos ajudar a construir futuros.”
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