Supermercados de bairro, que hoje atraem consumidores mais assíduos e fiéis e que aceitam pagar pela conveniência
Os mercadinhos de bairro estão ganhando destaque no pós-pandemia devido às restrições de deslocamento, que levaram a uma maior procura e valorização desses estabelecimentos. Uma pesquisa realizada pelo Sincovaga com 200 consumidores em São Paulo, veja a pesquisa, revelou que, mesmo com o fim da pandemia, 38% dos entrevistados passaram a frequentar os mercadinhos com mais frequência, enquanto 40% mantiveram o mesmo padrão de visitas. A principal vantagem dessas lojas é a proximidade, citada por 87% dos entrevistados, seguida pelo preço (6%) e atendimento e promoções (1%). A pesquisa também indicou que os consumidores estão comprando quantidades menores de itens por vez, refletindo a volta às rotinas e a busca por experimentar produtos e marcas.
Os produtos mais procurados nos mercadinhos incluem itens básicos como arroz, feijão e farinha (49%), pães e massas (39%), laticínios e iogurtes (25%), carnes (24%), higiene e limpeza (20%), bebidas (19%) e mercearia (15%). Além disso, a pesquisa mostrou que a preferência dos consumidores, quando não estão comprando em mercadinhos, se divide entre o atacarejo (41%) e supermercados (40%). Isso demonstra que os mercadinhos estão atraindo clientes de outros tipos de varejo.
A expectativa dos consumidores em relação à economia em 2023 também é otimista, com 48% esperando uma melhora, 24% acreditando que a situação permanecerá igual e 28% não tendo esperanças de melhorias econômicas no país este ano. Esse otimismo beneficia os mercadinhos de bairro, reduzindo a vantagem dos atacarejos em tempos de alta inflação e instabilidade econômica. A proximidade e a conveniência se tornam trunfos para os mercadinhos, e os consumidores estão dispostos a pagar por essa comodidade, especialmente quando acompanhada de um bom atendimento.
Essas foram algumas das conclusões de uma sondagem realizada pelo Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo) com 200 consumidores de todas as regiões da capital, na segunda quinzena de setembro.
Comentários