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Os ciclos do Varejo Alimentar no Brasil

Por Enéas Pestana - Ampla experiência como CEO e como membro de Conselhos de Administração e de Comitês de Assessoramento em diversas companhias, de diversos setores, em especial Varejo, Atacarejo e Indústrias de bens de consumo


Varejo Alimentar

Até a década de 1960, a distribuição de alimentos no Brasil era predominantemente realizada por meio das mercearias de bairro e feiras livres, que atendiam a uma demanda local e ofereciam produtos básicos. O primeiro supermercado no Brasil, registrado sob a marca “Sirva-se”, foi inaugurado em 1953, mas foi no final dos anos 1960 e início dos anos 1970 que o conceito de supermercado começou a ganhar popularidade. Os supermercados ofereciam áreas de vendas mais amplas, uma variedade de produtos muito maior, preços mais competitivos e uma experiência de compra inovadora. Esses fatores contribuíram para a transição das compras abastecedoras, antes dominadas pelas mercearias de bairro, para os supermercados. As mercearias passaram a se especializar em compras repositoras e emergenciais, conhecidas como “compras picadinhas”.


O conceito de hipermercado começou a se concretizar no Brasil no final dos anos 1970, com a inauguração de pioneiros como o Eletroradiobraz e Ultracenter. Contudo, foi a abertura da primeira loja do Grupo Carrefour em 1975, na Marginal Pinheiros, em São Paulo, que consolidou o formato de hipermercado no país. Durante os anos 1980, os hipermercados se tornaram uma opção muito popular para compras abastecedoras, oferecendo o conceito de “one stop shopping”. Com áreas de vendas que chegavam a 12 mil m² e um sortimento de mais de 70 mil itens, esses estabelecimentos proporcionavam uma experiência de compra completa com preços mais competitivos em comparação aos supermercados. A alta inflação incentivava grandes compras logo após o recebimento dos salários, e os hipermercados contavam com amplas galerias comerciais e praças de alimentação, funcionando como centros de compras e lazer para famílias de baixa renda, que passavam o dia fazendo compras e aproveitando as áreas de alimentação.


Nos anos 2000, os hipermercados começaram a mostrar sinais de enfraquecimento devido a uma série de fatores, como a melhora no controle da inflação e a proliferação de shoppings centers, que ofereciam alternativas mais diversas e convenientes para os consumidores. Nesse cenário, surgiu o formato de atacarejo. Inicialmente visto com ceticismo, o atacarejo ofereceu uma proposta de valor centrada no preço, um fator historicamente crucial para os consumidores. Com lojas que mais se assemelhavam a depósitos do que a estabelecimentos comerciais tradicionais e sem oferta de serviços adicionais, o atacarejo ganhou espaço graças aos seus preços extremamente competitivos e, em algumas categorias, imbatíveis. No final dos anos 2000, grandes redes começaram a investir pesadamente na expansão desse formato.


Chegando aos anos 2020, o varejo enfrenta um cenário desafiador, com consumidores mais informados, exigentes e menos fiéis. Além disso, o setor enfrenta desafios econômicos, tecnológicos e questões relacionadas à sustentabilidade (ESG). Diante desse panorama, a questão que se impõe é: Qual será o próximo formato inovador ou transformado que se destacará e se tornará o protagonista da próxima onda de crescimento no varejo brasileiro? Deixe sua opinião...


Sobre Enéas Pestana
Enéas Pestana
Enéas Pestana

Com uma carreira fortemente centrada no Varejo, em diferentes setores e canais, assim como, na Indústria de Bens de Consumo, desenvolveu uma trajetória marcada pela liderança estratégica, acumulando experiências e expertise, na gestão de gente, finanças e processos. Nas empresas onde atuou como Conselheiro, CEO ou Advisory, seu compromisso é com o crescimento e resultado sustentável, com a excelência e a inovação, buscando sempre alinhar as práticas corporativas com os valores e objetivos estratégicos da organização. Em meio à dinâmica de cada setor, procura contribuir com perspectivas diversas, experiência vivida e com uma visão global que possa fortalecer as equipes e as diferentes culturas empresariais.


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