Em novembro, o preço da carne no atacado subiu 35%. Para não perder clientes, o comércio não repassou o aumento integral para o consumidor. E agora precisa quebrar a cabeça em busca de fornecedores com preço mais em conta.
O empresário Osvaldo Mencarini Neto, por exemplo, mudou o preço na placa em frente ao açougue três vezes, durante essa semana. Quando não está remarcando o preço, ele passa o dia grudado no telefone para negociar preço com fornecedor. Quando acha carne com preço melhor, ele compra logo e estoca.
A maratona começou no final de outubro, quando o preço da carne bovina disparou no atacado. “Tenho 30 anos no ramo e nunca peguei situação como esta”, afirma Osvaldo.
Pela análise do professor de economia internacional do Ibemec-SP, Roberto Dumas, o mercado vai demorar para estabilizar: “O preço vai crescer menos, mas chegamos num patamar diferente, não vai voltar como estava. O aumento veio para ficar”.
Um dos motivos da alta é a exportação de carne brasileira para a China, que aumentou 44% em comparação a 2018, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal. A importação por lá foi impulsionada pela febre suína que dizimou 40% dos porcos. E, aqui no Brasil, calhou que estamos também na sazonalidade de final de ano, com festas, melhora do rendimento, com o FGTS e o 13º salário, e a demanda foi maior que a oferta.
Veja mais em: https://g1.globo.com/economia/pme/pequenas-empresas-grandes-negocios/noticia/2019/12/15/pequenos-acougues-se-adaptam-ao-alto-preco-da-carne.ghtml
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