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Recursos Humanos nos Supermercados de Bairro: Recrutamento, Seleção e Treinamento como Diferenciais Competitivos

Por Clóvis Polese, fundador da Expo Supermercados e diretor do CTDE – Centro de Treinamento e Desenvolvimento Empresarial


Um desafio atual e urgente

Clóvis Polese
Clóvis Polese

Hoje vamos comentar um assunto que está muito atualizado e que é uma preocupação real da maioria dos supermercados de todo o Brasil: a gestão de pessoas no varejo alimentar. Supermercados de bairro e vizinhança enfrentam diariamente a dificuldade de encontrar, selecionar e preparar bons profissionais para trabalhar em funções operacionais e de atendimento — que são fundamentais para o bom desempenho da loja e para a satisfação dos clientes.


Como destaca Clóvis Polese, “um supermercado é feito de pessoas, para atender pessoas. Quando o time não está bem estruturado, o negócio sente imediatamente no caixa, nas perdas, no atendimento e até na imagem da loja perante a comunidade”.


1. Recrutamento: Encontrar pessoas com perfil para o varejo

Recrutar bem é o primeiro passo para formar uma equipe de alta performance. Nos supermercados de bairro, geralmente o recrutamento acontece de forma espontânea: indicações de conhecidos, candidatos que entregam currículos na loja, ou anúncios simples em redes sociais locais.


Segundo Clóvis, “o erro comum é contratar pela urgência, e não pelo perfil. A loja precisa de alguém ‘para ontem’, e acaba pegando o primeiro que aparece. Isso gera um ciclo vicioso: o colaborador entra despreparado, não se adapta, sai rápido, e a loja volta à estaca zero.”


Boas práticas de recrutamento

  • Ter um banco de talentos permanente, mesmo quando não há vagas abertas.

  • Utilizar canais de recrutamento comunitários (igrejas, associações, escolas técnicas e cursos profissionalizantes).

  • Fazer descrições claras das funções, horários e perfil desejado, evitando frustrações posteriores.

  • Valorizar candidatos com experiência em atendimento, mesmo que em outros setores (ex: padarias, restaurantes, lojas de bairro).


2. Seleção: Mais do que currículo, observar comportamento

Selecionar significa escolher a pessoa certa para a função certa. Em supermercados, o comportamento e a postura contam mais do que a formação formal. Clóvis Polese comenta:

“Um bom repositor não precisa de diploma, mas precisa ser ágil, cuidadoso e comprometido. Um bom operador de caixa precisa ser simpático, concentrado e saber lidar com o público. Isso não aparece num currículo, aparece numa boa entrevista.”

Boas práticas de seleção

  • Realizar entrevistas práticas e presenciais, observando pontualidade, comunicação e postura.

  • Fazer perguntas situacionais simples: “O que você faria se um cliente reclamasse?” ou “Como você age quando há muito movimento?”

  • Se possível, realizar testes práticos curtos (ex: simulação de operação de caixa, organização de prateleira).

  • Verificar referências anteriores, principalmente em funções similares.

  • Avaliar a disponibilidade de horários e a estabilidade anterior do candidato, para reduzir rotatividade.


Clóvis reforça:

“Contratar bem é economizar no futuro. Cada contratação errada custa caro: treinamento perdido, quebra de produtividade, desmotivação da equipe e insatisfação dos clientes.”

3. Treinamento: Transformar pessoas em profissionais de varejo

Treinar é formar o colaborador para que ele entenda a cultura da loja, os processos e a importância do seu papel. Muitas vezes, supermercados de bairro deixam de treinar por achar que é “perda de tempo” ou “custo alto”. Mas a verdade é exatamente o oposto:

“Treinar é investir no resultado. É muito mais caro manter um funcionário desorganizado do que dedicar algumas horas para mostrar como fazer corretamente”, destaca Clóvis.

Boas práticas de treinamento

  • Ter um programa de integração inicial para novos funcionários, apresentando a loja, as rotinas e os valores da empresa.

  • Promover treinamentos práticos curtos e frequentes, focados em tarefas reais: corte de carne, padronização de exposição, controle de validade, atendimento cordial.

  • Utilizar colaboradores experientes como “multiplicadores internos”, reconhecendo seu papel de liderança informal.

  • Fazer reciclagens periódicas, especialmente para funções críticas como açougue, padaria e caixa.

  • Investir em treinamentos técnicos externos, oferecidos por entidades especializadas como o CTDE, para atualização e profissionalização da equipe.


4. Cultura interna e retenção de talentos

Por fim, recrutamento, seleção e treinamento funcionam melhor quando existe uma cultura organizacional clara e positiva. O supermercado precisa ser um lugar onde o colaborador sinta que pode crescer, aprender e ser valorizado.


Clóvis comenta:

“Quando a loja cria um ambiente de respeito e oportunidade, as pessoas vestem a camisa. Já vi repositor virar gerente. Mas também já vi talentos irem embora porque nunca receberam feedback ou reconhecimento.”

Boas práticas de retenção

  • Dar feedbacks constantes, positivos e corretivos, com respeito.

  • Reconhecer publicamente bons desempenhos.

  • Ouvir sugestões da equipe, principalmente quem está no chão de loja.

  • Estimular a formação interna para cargos de liderança.


Pessoas bem cuidadas geram resultados melhores

Os supermercados de bairro têm na gestão de pessoas um dos seus maiores desafios — e também uma das maiores oportunidades de diferenciação competitiva. Recrutar bem, selecionar com critério e treinar com consistência são pilares fundamentais para garantir produtividade, reduzir rotatividade e entregar uma experiência de compra melhor para os clientes.


Como resume Clóvis Polese:

“Máquinas e tecnologias ajudam muito. Mas nada substitui uma equipe comprometida, bem escolhida e bem treinada. É isso que faz um supermercado de bairro se destacar e crescer de forma sólida.”

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